Terra Trêmula


Brasil, início do século XVIII. O eldorado adormecido ergue-se como uma parede resplandecente que cega, contra a luz, aquele que a vê. Um poderoso bater de asas enfrenta afiadas lâminas de espadas: Ogum e São Miguel Arcanjo encontram-se no Brasil colonial sob os dramáticos contrastes do barroco. Escravidão, inquisição, mineração e tensões religiosas, presentes na formação da sociedade brasileira, atravessam os séculos e, em forma de conflito, alcançam os dias de hoje.

TERRA TRÊMULA cria a ficção de um encontro entre Ogum e São Miguel Arcanjo que se dá no Brasil do século XVIII, período no qual ressaltam elementos relacionados à escravidão, inquisição, mineração e conflitos religiosos, sob os dramáticos contrastes entre luz e sombra, cheio e vazio e sagrado e profano do Barroco brasileiro. Em meio a este contexto, a DUAL cena contemporânea investe em uma dramaturgia corporal relacionada a um treinamento que envolve capoeira, danças tradicionais brasileiras e dança dos orixás, articuladas e re-propostas através da dança contemporânea.

O espetáculo ambienta-se em uma atmosfera surpreendente que enfatiza contrastes entre claro e escuro. A trilha sonora acompanha o percurso da dramaturgia e traça uma ponte entre composições barrocas e influências afro-brasileiras, com instrumentos percussivos, berimbau e canto coral.


FICHA TÉCNICA

Direção geral e coreografia: Ivan Bernardelli

Direção de Arte: Alícia Peres

Intérpretes-criadores: Ivan Bernardelli, Junior Gonçalves e Mônica Augusto

Preparação Corporal: Wellington Campos

Direção Musical: Martinho Lutero

Projeto e operação de Luz: Osvaldo Gazotti

Cenografia: Vânia Medeiros

Figurino: Otávio Matias

Projeto Gráfico: Ivan Bernardelli

Registro Videográfico e fotográfico: Alicia Peres

Direção de Produção/ Produção executiva: Solange Borelli_ Radar Cultural Gestão e Projetos


Terra Trêmula